NOVA FAIXA PARA O MINHA CASA, MINHA VIDA
Notícias >> Mercado espera a criação de espaço no programa para atender famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 2,2 mil mensais. A ação ajudaria, principalmente, o pequeno empresário
A perspectiva de criação de uma faixa intermediária para o programa "Minha Casa Mi nha Vida", do governo federal, já anima construtores que atuam com imóveis econômi cos. A perspectiva é que com a criação de um espaço para fa mílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 2,2 mil mensais, as empresas consigam mais fôle go negociar preços finais.
"O alto custo para construir, a dificuldade em encontrar terrenos e as burocracias com o governo federal estavam deixando o modelo pouco atraente ao empresário, tanto que muitos deles deixaram de operar esse tipo de negócio", disse o professor de engenharia civil da USR Robson Loreval.
De acordo com o acadêmico, a pressão nos custos era maior entre as pequenas e médias construtoras, fatia importante do programa.
A opinião do professor vem em linha com o vice-presidente de habitação popular do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Ronaldo Cury, "Grandes construtoras não querem pequenos canteiros; por outro lado, pequenas construtoras não têm capacidade técnico-financeira para tocar grandes obras. Sendo assim, existe mercado para todo mundo", diz.
Números do governo federal apontam que cerca de 84% das obras das fases 1 e 2 do programa foram executadas por pequenas e médias empresas. "O projeto de habitação popular precisa ser corrigido anualmente. Os subsídios do governo estão defasados e não respondem a realidade do mercado", explicou ao DCI o presidente da construtora JPL Construções, especializada em obras econômicas, João Pedro Lourenço.