Ambientes completamente vazios, paredes pintadas de branco e uma dúvida em mente: por onde começar a decoração?. As possibilidades são inúmeras, e o objetivo final é harmonizar estética e conforto para deixar o imóvel com a cara do dono. Mas essa não é uma tarefa tão fácil. Nada de ir direto às compras. O primeiro passo é analisar a iluminação natural e levantar as medidas dos espaços e a comunicação entre eles. Nunca podemos nos esquecer de contextualizar o projeto na cultura, local e época em que ele está inserido. Por exemplo, uma decoração de palácio francês em uma casa contemporânea no Brasil me parece descontextualizada, pelo clima e estilo de vida.
O segredo é planejar. Além de definir qual será o estilo e nortear as compras, um projeto de decoração permite otimizar e aproveitar cada espaço do ambiente a ser decorado. O planejamento precisa ser mais aprofundado se houver necessidade de alteração estrutural. Nesse caso, não dá para abrir mão do profissional de design.
Para contratar um designer de interiores, o primeiro passo é a pesquisa. Com indicação ou não, é importante conhecer o portfólio do profissional. Ele deve entender os anseios do cliente e o modo de vida dos moradores. Se forem pessoas mais caseiras, o conforto vem em primeiro lugar. Se costumam receber muitas visitas, ou têm crianças pequenas, o ideal é que os ambientes preservem um maior espaço de circulação. ”om essas informações, ele vai elaborar o projeto sugerindo alterações que vão alcançar o uso desejado, além de fazer a escolha dos materiais de revestimento, móveis, iluminação e adornos. Cada ambiente deve ser estudado pensando na iluminação, comunicação com o entorno e, principalmente, no estilo de vida dos moradores.
Em casos mais simples, de mudança de decoração, é importante estudar as tendências e observar o que dizem os especialistas da área. Revestimentos e iluminação devem ser a prioridade do projeto. combinação de texturas dos materiais diversos de piso e parede, a paleta de cores e o estudo da luz tanto natural como artificial são os fatores principais para um bom resultado. Os móveis e adornos viriam em segundo plano. Outro ponto crucial é o estilo de decoração, que pode ser mesclado. O filtro pode vir da contextualização do imóvel e do uso. Por exemplo, se for um imóvel de cidade e o cliente gosta de rústico, provençal e moderno, focalizaríamos no moderno com rústico. Deixaríamos a mistura de rústico com provençal para uma casa de campo. Para que haja um conceito geral coerente em todos os ambientes, é necessário haver equilíbrio.
É preciso atentar aos materiais dos móveis, que devem ser os indicados para cada tipo de uso. Um sofá para ver televisão precisa ser mais confortável do que um que ficará na sala de estar. Para harmonizar a quantidade e o tamanho com as proporções do ambiente, a indicação é valorizar os espaços vazios.São os respiros necessários para podermos apreciar as peças escolhidas, entender os fluxos e circular confortavelmente.